Série Resenhas: O investidor inteligente
- Osmar José Angelin
- 9 de jun. de 2023
- 3 min de leitura
Categoria: Livros
Esse artigo abre uma série de resenhas que serão feitas sobre livros que têm relação com o mercado financeiro, negócios ou com a psicologia do investidor. O primeiro livro abordado é "O investidor Inteligente", de Benjamin Graham.

"O Investidor Inteligente", escrito por Benjamin Graham e publicado originalmente em 1949, é considerado um dos livros mais importantes já escritos sobre investimentos. O livro se tornou um clássico do mercado financeiro e já inspirou diversos investidores famosos, como Warren Buffett, que foi aluno de Graham.
No prefácio do livro, Warren Buffett afirma que leu a primeira edição deste livro no início de 1950, quando tinha 19 anos. Segundo Buffett, "naquela época, julguei que ele era, de longe, o melhor livro que existia sobre investimentos. Ainda penso dessa forma." (GRAHAM, 2015, p. 11).
O livro possui 20 capítulos que apresentam as ideias de Graham sobre a melhor forma de avaliar e escolher empresas para colocar em seu portfólio de investimentos.
A ideia principal do livro é que o investidor deve agir como um empresário e escolher seus investimentos com base em uma análise fundamentalista sólida. Graham argumenta que o investimento em ações deve ser feito com base no valor intrínseco da empresa, e não no valor de mercado de suas ações.
Graham defende que um investidor deve ser cauteloso e estar sempre atento aos riscos envolvidos em seus investimentos, argumentando que ele deve se concentrar em investir em empresas sólidas e estabelecidas, com histórico de lucros consistentes e que paguem bons dividendos.
Mas o autor não se detém apenas à renda variável. No capítulo 4, onde ele fala sobre a política geral de investimentos, ele defende a importância de diversificar a carteira de investimentos, a fim de minimizar o risco e maximizar os retornos, sugerindo que um investidor inteligente deve ter um portfolio composto por ações e títulos de renda fixa, que ajudam a mitigar os riscos da carteira.
"Há uma ideia implícita aqui, de que a divisão-padrão deveria ser igualitária, ou seja, 50% -50%, entre os dois principais tipos de investimentos" (GRAHAM, 2015, p. 112), referindo-se à divisão entre ações (ordinárias) e títulos de renda fixa. Mas, segundo Graham, o mais sensato é ter um portfólio com mais ações (até 75%) quando os preços destas estão "subvalorizados" e, de maneira inversa, com menos ações (não inferior a 25%), quando as ações estão com seus preços em níveis altamente perigosos.
Nesse contexto, surge um dos conceitos mais importantes abordados por Graham: a margem de segurança.
O capítulo 20 aborda a "margem de segurança" como conceito central dos investimentos.
Segundo, Graham (2015), a ideia de margem de segurança se torna muito mais evidente quando aplicada ao terreno dos papéis subvalorizados ou subvalorizações. Aqui temos, por definição, uma diferença entre o preço, de um lado, e o valor indicado ou avaliado de outro.
Dessa forma, Graham defende que o investidor deve procurar por investimentos que ofereçam uma margem de segurança significativa em relação ao preço de mercado. Assim, o investidor terá uma proteção contra possíveis perdas.
"O Investidor Inteligente" é um livro clássico, escrito há mais de 70 anos, mas que continua tendo grande relevância até os dias atuais. Ele ensina aos investidores como investir com sabedoria, prudência e paciência, e mostra que é possível alcançar sucesso financeiro sem tomar riscos desnecessários. É um livro que deveria ser lido por todos que desejam se tornar investidores bem-sucedidos no longo prazo.
___________________________________________________________________________________________
Se gostou desse artigo, deixe seu comentário, dê seu like e compartilhe o post, para que mais pessoas tenham acesso a esse conteúdo.
Comments